O bispo auxiliar de Lisboa, D. Américo Aguiar, garantiu esta terça-feira que "não foi dado passo atrás" quanto ao memorial dedicado às vítimas de abusos na Igreja, ainda que este já não vá ser inaugurado durante a visita do Papa Francisco a Portugal.
"Não foi dado passo atrás nem passo à frente", assegura o presidente da fundação Jornada Mundial da Juventude (JMJ), um dia depois de fonte da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) ter adiantado que o monumento não estará pronto a tempo do evento religioso, que vai reunir centenas de milhares de jovens em Lisboa na primeira semana de agosto.
"Eu ontem ouvi na comunicação social que a Conferência Episcopal, a quem cabe essa temática, comunicou que esse assunto estava a ser avaliado e no seu tempo seria comunicado e portanto cabe à Conferência Episcopal tomar essa decisões."
Questionado sobre se existe falta de consenso quanto a este monumento, D. Américo Aguiar diz não saber dizer e que, tal como os restantes, "acolheu a comunicação que foi feita" pelos bispos portugueses ontem.
"Não sei dizer, não sei se falta consenso, não sei o que é que houve. O que eu sei é que a Conferência Episcopal fez saber ontem que o monumento do arquiteto Siza Vieira não está pronto, está em fase de concretização e foi isso que foi comunicado."
O anúncio de um memorial às vítimas de abusos na Igreja foi feito a 3 março, no final da assembleia plenária da CEP.