Na semana marcada pelo discurso de Ursula von der Leyen, o último da presidente da Comissão Europeia neste mandato, Begoña Iñiguez e Olivier Bonamici fazem um balanço “muito positivo” do trabalho da líder do executivo comunitário.
“Uma mulher para este tempo”, diz a comentadora espanhola, referindo que von der Leyen “é alguém capaz de construir pontes”, num momento de particulares complexidades na vida europeia, relacionadas com a guerra na Ucrânia, a agenda climática e os aspetos concorrenciais com a China.
Olivier Bonamici antecipa, contudo, um desafio futuro e exigente no quadro pós-eleições europeias: o jornalista francês diz-se antecipa “uma vitória da direita” e com grande expressão dos partidos mais radicais.
Noutro plano, os dois comentadores do Visto de Fora falam da complexa equação para a formação de um governo em Espanha, numa semana em que Carles Puigdemont exigiu uma amnistia para os separatistas catalães para, em contrapartida, apoiar Pedro Sanchez com os sete deputados Juntos pela Catalunha, superando a diferença de quatro deputados de que o líder do PP, Nuñez Feijóo, necessita para alcançar uma maioria absoluta.
No plano nacional, destaque para os riscos associados a mais uma subida das taxas de juro e o arranque de mais um ano letivo ensombrado pela falta de professores e por um clima generalizado de contestação no setor.