Cerca de 700 pessoas manifestaram-se esta segunda-feira no Largo Camões, em Lisboa, numa açãoem defesa da floresta da Amazónia, segundo estimativa de uma fonte oficial da Polícia de Segurança Pública (PSP).
Num ano, a desflorestação na Amazónia aumentou 88%. Agora, e só em cerca de três semanas, o fogo já consumiu 20 mil hectares de vegetação.
Entre 2000 e 2017, a Amazónia perdeu uma área superior à da Alemanha, ou seja, cerca de 400 mil quilómetros quadrados, revela a BBC Brasil, citando um estudo da Universidade de Oklahoma publicado na revista “Nature Sustainability”.
Entre 1 de janeiro e 18 de agosto deste ano, foram registados quase 71.500 focos de incêndio – um número recorde, comparado com os perto de 40 mil no mesmo período do ano passado e com a última grande onda de incêndios, em 2016, quando se registou 66.622 focos de queimadas durante o mesmo período.
O número de incêndios no Brasil aumentou 83% este ano, em comparação com o período homólogo de 2018, com 72.953 focos registados até 19 de agosto, sendo a Amazónia a região mais afetada.
A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta. Tem cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (pertencente à França).
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) brasileiro anunciou que a desflorestação da Amazónia aumentou 278% em julho, em relação ao mesmo mês de 2018.