Ainda é possível cumprir o objetivo definido no Acordo de Paris: o mundo ainda pode limitar o aquecimento global a 1,5ºC.
O aviso é da Agência Internacional de Energia (IEA), que alerta, no entanto, que para tal será preciso acelerar a transição para energias mais limpas.
O crescimento recorde das tecnologias de energia limpa - incluindo os painéis solares e os veículos eléctricos- tem contribuído para limitar o aquecimento global, mas segundo a Reuters, a IEA admite que o mundo precisa de investir quase 4,5 biliões de dólares (cerca de 4 mil milhões de euros) por ano na transição para energias mais limpas a partir do início da próxima década, acima dos gastos de 1,8 biliões de dólares esperados em 2023.
A cerca de dois meses da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, a Agência Internacional de Energia diz ser necessário triplicar a capacidade global das energias renováveis, tal como duplicar as infraestruturas de eficiência energética, aumentar as vendas de bombas de calor e aumentar ainda mais a utilização de veículos eléctricos até 2030.
O Acordo de Paris da ONU de 2015 objetivava manter o aumento da temperatura global bem abaixo dos 2ºC, mas os esforços prosseguem para limitá-los a 1,5ºC, a fim de evitar as consequências mais graves, como secas, inundações e aumento dos incêndios florestais, fenómenos que têm acontecido cada vez com mais frequência.
As temperaturas atingiram níveis recordes este ano e as médias globais estão cerca de 1,1ºC mais altas em comparação com a média pré-industrial. O verão de 2023 foi o mais quente desde que há registos, tendo sido o mês de junho o mais quente de sempre.