O Presidente da Polónia, Andrzej Duda, anunciou esta quinta-feira que o país vai enviar para a Ucrânia quatro caças MiG-29 da era soviética em breve.
"Nos próximos dias, iremos transferir, se não estou em erro, quatro aviões totalmente operacionais para a Ucrânia", adiantou Duda numa conferência de imprensa em Varsóvia.
Os aparelhos serão substituídos na Força Aérea da Polónia por caças sul-coreanos FA-50 e caças F-35 dos EUA.
Na semana passada, o líder polaco tinha adiantado que o envio de aviões de guerra para Kiev deveria ser feito apenas através de uma coligação internacional alargada.
A Eslováquia também já manifestou prontidão para fornecer à Ucrânia MiG-29.
Na terça-feira, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, tinha adiantado que os MiGs seriam enviados dentro de semanas, sem esclarecer se outros países pretendem seguir o exemplo.
A Força Aérea ucraniana já está familiarizada com estes caças e pode usá-los de imediato.
Kiev tem pedido aos aliados mais aviões de guerra para aumentar o seu poderio aéreo no arranque do segundo ano de guerra contra a Rússia. Não há ainda, contudo, sinais de que EUA ou Reino Unido tenham planos para enviar caças para o país.
Em visitas surpresa a Londres, Paris e Bruxelas no mês passado, o Presidente da Ucrânia voltou a repetir os apelos por mais equipamento militar para derrotar as forças russas.
No Parlamento britânico, Volodymyr Zelesnky pediu ao Reino Unido que dê aos ucranianos "asas para a liberdade" através do envio de aparelhos aéreos de combate. Em resposta, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse apenas que "nada está fora da mesa".
Em Paris, Zelensky declarou que, "quanto mais cedo a Ucrânia receber armamento pesado de longo alcance, mais cedo os nossos pilotos terão aviões e mais cedo acabará a agressão russa, para podermos voltar a ter paz na Europa".
Já no final da sua visita ao coração da União Europeia, o chefe de Estado ucraniano garantiu que foram tomadas decisões quer em Londres quer em Paris, depois de encontros com o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz.
Até agora, não foram feitos anúncios pelas autoridades da UE sobre o possível envio de aviões de guerra e mais armamento para a Ucrânia.