O Governo e os sindicatos de professores estiveram reunidos esta quarta-feira, mas voltou a falhar um acordo sobre o descongelamento das carreiras.
"Acabámos de sair da reunião mais absurda que se pode imaginar", disse aos jornalistas o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira.
A plataforma de sindicatos dos professores vai solicitar uma reunião com os grupos parlamentares e ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
"O que é que vamos fazer? Querem guerra, guerra terão”, declarou Mário Nogueira, que também tenciona reunir todos os sindicatos para definir formas de luta para 2019.
O executivo manteve a intenção de descongelar dois anos, nove meses e 12 dias, mas os representantes dos docentes exigem a totalidade dos nove anos, quatro meses e dois dias.
Em declararações aos jornalistas, a secretária de Estado da Educação, Alexandra Leitão, lamentou a falta de abertura negocial dos sindicatos.
O executivo tentou "não protelar mais que os professores recebam o tempo que está a ser proposto pelo Governo, era o momento ideal para perceber se havia abertura negocial, se havia alguma possibilidade de aproximação", disse Alexandra Leitão.
Governo e professores voltaram a reunir-se depois de os deputados do PSD, CDS-PP, BE e PCP terem votado, a 26 de novembro, a favor das propostas do CDS e do PSD que previam o regresso ao diálogo.