Libânia Gomes tem 20 anos e é estudante de Ciências da Comunicação. Vem à Jornada com o grupo da Pastoral La Salle de Barcelos (grupo antigo e integrado na rede de colégios de La Salle que existem por todo o mundo), do qual faz parte há nove anos. Foi desafiada a escrever um diário da sua Jornada e vai partilhar todos os dias com a Renascença a sua experiência, num relato na primeira pessoa.
Saídos do pavilhão desportivo da escola secundária Amélia Rey Colaço, em Linda-a-Velha, Oeiras, o dia começou com um autocarro que (para não variar), não chega a horas. A alternativa passou por uma caminhada até à estação de comboios de Algés, que se seguiu duma viagem de metro (com direito a troca de linhas) e uma caminhada um tanto ou quanto desnorteada até ao pavilhão da Cidade Universitária. Todo este percurso realizado com a mochila do kit da JMJ apertada ao peito, para evitar roubos e porque já estava 'rota' (sim, no primeiro dia).
Entre o caos do encontro lassallista e o Burger King à pinha de peregrinos, o dia foi correndo de forma pacífica, pelo menos, o máximo que se pode esperar do primeiro dia do encontro de mais de um milhão de fiéis. Pesquisas no Maps, nas notícias e na aplicação da Jornada Mundial da Juventude, levam-nos à conclusão que a melhor forma de chegar à missa de abertura é mesmo outra caminhada. Algures pelo caminho, todos os jovens se encontram. Bandeiras hasteadas, as pessoas tomam as ruas com risos, música e boa disposição.
No entanto, é na Colina do Encontro que a magia acontece verdadeiramente. A euforia dá lugar à paz de espírito e todos deixamos que a essência da celebração pouse em nós. Permitir a comunhão no Parque é, sem dúvida, a parte mais positiva da organização da eucaristia. No meio da multidão, creio ser verdade que todos viram chegar até si o Corpo do Senhor.
Pela Avenida da Liberdade abaixo, é notória a afluência de peregrinos, assim como na maioria dos restaurantes e pontos de transporte público. Podemos esperar em grandes filas, tanto para comer como para ir de um sítio ao outro mas, o que importa é que se sente a vontade que todos têm de estar presentes, de fazer parte de uma comunidade e realmente viver esta experiência. Pelo menos, foi nisto que pensei quando tive de caminhar mais 40 minutos até chegar ao ginásio onde estou a pernoitar (e quando me deparei com um balneário cheio).
*Libânia Gomes tem 20 anos e é estudante de Ciências da Comunicação. Vem à Jornada com o grupo da Pastoral La Salle de Barcelos (grupo antigo e integrado na rede de colégios de La Salle que existem por todo o mundo), do qual faz parte há nove anos. Foi desafiada a escrever um diário da sua Jornada e vai partilhar todos os dias com a Renascença a sua experiência, num relato na primeira pessoa.