O Governo japonês assume que um funcionário da central nuclear de Fukushima, onde ocorreu um acidente há sete anos, morreu depois de ter estado exposto a radiação, noticiou a imprensa.
Segundo o jornal “Mainichi”, é a primeira vez que o Governo nipónico reconhece a ligação da morte de um trabalhador à exposição da radiação da central, atingida em 11 de março de 2011 por um tsunami que provocou uma avaria no sistema de refrigeração causando uma explosão.
Depois do acidente, o mais grave a seguir ao da central nuclear de Chernobyl, em 1986, na atual Ucrânia, o funcionário, de 50 anos, ficou encarregado durante uns meses de medir a radiação na central. Usava máscara e fato de proteção.
Contudo, em fevereiro de 2016, foi diagnosticado com um cancro do pulmão, acabando por morrer.
A agência noticiosa japonesa Jiji News adiantou que o Governo pagou indemnizações em quatro outros casos em que trabalhadores de Fukushima ficaram doentes com cancro após o desastre.
Em 11 de março de 2011, um sismo de magnitude 9,1 na escala de Richter gerou um tsunami.
O abalo, que atingiu as cidades de Sendai e Fukushima, na região de Tohoku, no nordeste do Japão, causou mais de 18.500 mortos e centenas de milhares de desalojados.
A reconstrução dos edifícios destruídos continua por acabar e uma parte da região permanece desabitada.