O Presidente da República defendeu hoje que Portugal tem de dar "o salto" com os fundos europeus e considerou que as eleições legislativas de 2023 devem servir para os portugueses julgarem a sua utilização.
"Cabe aos portugueses dizerem pelo seu voto em 2023 o que pensam e o que querem acerca do uso da oportunidade a não desperdiçar, sendo certo que vão a tempo de escolher continuar o mesmo caminho ou fazer caminho com alterações de 2024 em diante", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado, que falava no encerramento de uma conferência sobre fundos europeus, promovida pelos tribunais de contas de Portugal e da União Europeia, na Culturgest, em Lisboa, apelou a que se aproveite esta oportunidade "a criação de condições para se inverter a tendência desta última década com sete anos de crise e os derradeiros vinte anos de genérico afastamento da Europa".
"A tarefa que vamos ter entre mãos não é nada fácil, é mesmo muito complexa e trabalhosa. Os portugueses de nós esperam mais ainda do que no passado, até porque os fundos europeus são mais, e a necessidade aperta. Esperam que não desperdicemos a oportunidade, esperam que ambicionemos ao máximo", declarou.
"Nos próximos anos ou damos o salto que merecemos ou nos resignamos ao fado da perda desse futuro", reforçou Marcelo Rebelo de Sousa.
Segundo o Presidente da República, "cabe aos que governam mostrar a capacidade para levar a bom porto esta missão" e "cabe aos que se opõem criar alternativa ou alternativas".
"Cabe aos que controlam a governação na sua legalidade e boa administração assegurar o adequado controlo, cabe aos portugueses dizerem pelo seu voto em 2023 o que pensam e o que querem acerca do uso da oportunidade a não desperdiçar", acrescentou.