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O número de novos casos de Covid-19 divulgado esta quarta-feira, que reflete o maior aumento de novos casos de infeção desde 15 de julho, poderá dever-se a algum atraso nos registos anteriores, que estariam “artificialmente mais baixos do que na realidade”, disse a ministra da Saúde, Marta Temido.
O aumento estará também associado aos novos surtos identificados, adianta a ministra.
Portugal registou mais duas mortes relacionadas com a Covid-19 e 362 novos casos confirmados de infeção nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgado.
“Esperamos que sejam números que se esbatam nos próximos dias, o que só com o passar do tempo poderemos confirmar”, afirmou Marta Temido durante a habitual conferência de imprensa, no Ministério da Saúde, em Lisboa, para atualizar a informação relativa à pandemia de Covid-19.
Para a ministra, os números de hoje e os anteriores sublinham “a fragilidade” das conquistas alcançadas na luta contra a pandemia de Covid-19.
“Temos tido uma situação epidemiológica que tem sido acomodável sob o ponto de vista da resposta do sistema de saúde português, e concretamente do SNS, e isso decorre de um esforço enorme não só dos profissionais de saúde, mas também de um conjunto de outras estruturas”, entre as quais equipamentos socais, de autarquias, da Proteção Civil e outros organismos, referiu a ministra.
“Temos a obrigação de manter comportamentos que honrem este esforço, em nome daquilo que queremos que seja o próximo regresso à escola e da retoma da atividade assistencial normal no Serviço Nacional da Saúde”, defendeu.
Portugal contabiliza pelo menos 1.806 mortos associados à Covid-19 em 56.274 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).