O primeiro-ministro e o presidente do PSD reúnem-se, esta sexta-feira, para discutir a metodologia sobre a futura solução aeroportuária para a região de Lisboa.
O encontro está marcado para as 17h00 em São Bento e vai contar com as presenças do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e do vice-presidente social-democrata, Miguel Pinto Luz, "o interlocutor técnico" do PSD sobre o tema do aeroporto.
Na quarta-feira, o líder do PSD divulgou uma carta enviada ao primeiro-ministro com a conclusão do processo de audições e reflexão interna do partido sobre o assunto e apontou cinco condições para haver acordo quanto à metodologia sobre o futuro aeroporto.
Entre as condições está a “realização imediata" de uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), concluída no prazo de um ano, para as opções Montijo, Alcochete "e qualquer outra que o Governo ou a estrutura encarregue de fazer a AAE decidam fundamentada e tecnicamente incluir".
Outra das premissas colocadas por Montenegro é que esta avaliação seja entregue "a personalidades de reconhecido mérito técnico, académico e científico" e que seja acompanhada de uma análise comparativa dos custos e prazos de execução de cada uma das localizações em estudo, incluindo as "infraestruturas conexas, complementares" necessárias.
Luís Montenegro reitera, ainda, a necessidade de se iniciarem, de imediato, as obras de requalificação do aeroporto Humberto Delgado e de valorizar os aeroportos que servem a região Norte e Algarve e o aeródromo de Cascais.
Em reação, o gabinete do primeiro-ministro emitiu um comunicado anunciar o encontro com o presidente do PSD para esta sexta feira, após registar a "total disponibilidade" de Luís Montenegro para convergência sobre o novo aeroporto.
Em 29 de junho, o Ministério das Infraestruturas publicou um despacho a dar conta de que o Governo tinha optado com uma por uma solução aeroportuária para Lisboa, que passava por avançar com Montijo e Alcochete e, quando este último estivesse operacional, fechar o Aeroporto Humberto Delgado.
No entanto, no dia seguinte, o despacho foi revogado por ordem do primeiro-ministro levando Pedro Nuno Santos a assumir publicamente "erros de comunicação" com o Governo sobre o futuro aeroporto da região de Lisboa.