O mês de janeiro teve mais de 500 fogos do que o mesmo mês do ano passado e mais de 1.600 hectares de área ardida, de acordo com dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
Este mês de janeiro, os incêndios rurais consumiram 3.312 hectares, mais 1.613 hectares do que em igual período do ano passado, tendo sido registadas 717 ocorrências, mais 504 do que em 2021.
Os dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, que abrangem o mês de janeiro (do dia 1 até às 8h00 de hoje) indicam que 77% da área ardida diz respeito a matos, 22% a povoamentos florestais e 0% na agricultura.
Em janeiro de 2021, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) tinha registado 213 incêndios rurais, de que resultaram 1.699 hectares de área ardida, destruindo uma área de 1.640 hectares de matos, 55 de povoamentos florestais e quatro de áreas agrícolas.
No sábado, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) proibiu a realização de queimas e queimadas a partir das 00h00 de domingo e até terça-feira, alertando para a manutenção do perigo de incêndio.
A ANEPC justifica a decisão com a previsão, por parte do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, do "aumento da intensidade do vento que, em combinação com a continuação de tempo quente e seco, com temperaturas acima da média para esta época do ano, conjugado com o número de comunicações para a realização de queimas de amontoados e queimadas, podem dar origem a incêndios rurais".
Segundo a ANEPC, os efeitos expectáveis passam pelo "aumento da dificuldade das ações de supressão aos incêndios rurais em consequência do aumento da intensidade do vento e da baixa humidade relativa do ar".