O Departamento de Energia do Governo dos Estados Unidos da América admitiu esta sexta-feira ter sido vítima de um ataque informático.
O departamento é responsável, entre outras coisas, pelo arsenal nuclear americano, mas as autoridades já explicaram que a segurança das armas não está em causa.
Suspeita-se que o ataque tenha sido orquestrado da Rússia, mas as autoridades de Moscovo já negaram qualquer conhecimento ou envolvimento neste incidente que afetou já vários organismos oficiais americanos.
Este ciberataque tem sido apelidado de Sunburst e os especialistas dizem que terá sido levado a cabo ao longo de meses. Responsáveis do Departamento de Energia dizem que já foi detetado software malicioso no sistema e que poderá levar anos a compreender a verdadeira dimensão e impacto deste ataque.
Donald Trump ainda não comentou este mais recente ataque informático, mas o Presidente eleito Joe Biden considera que ele só comprova a sua decisão de fazer da cibersegurança uma das grandes prioridades da sua presidência, que começa em janeiro.
“Temos de impedir os nossos adversários de levar a cabo estes ataques, antes de mais nada. Fá-lo-emos, entre outros, através da imposição de um custo substancial para os responsáveis por estes ataques, incluindo em coordenação com os nossos aliados e parceiros”, disse Biden, citado pela BBC.
A Agência de Cibersegurança e Infraestrutura dos Estados Unidos (Cisa), que tem estado a acompanhar este ataque desde março, quando começou, disse que ele apresenta um desafio altamente complexo e desafiante. Segundo a Cisa o ataque provocou danos em “infraestruturas críticas” e que várias agências federais e até empresas do setor privado tinham sido comprometidas. Trata-se de um “grave risco”, disse a agência, sem especificar que infromação tinha sido comprometida ou roubada.