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O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, reafirma a sua oposição à redução da taxa social única (TSU) e garante que não vai na conversa de “encantadores de serpentes”.
Num encontro com militantes na Maia, Porto, o antigo primeiro-ministro frisou que o partido não vai ceder às pressões para viabilizar no Parlamento a medida acertada na concertação social e aprovada esta segunda-feira pelo Governo, em conselho de ministros.
Para Pedro Passos Coelho, o primeiro-ministro, António Costa, deve procurar apoio entre os partidos de esquerda que suportam o Governo no Parlamento, sendo que Bloco de Esquerda e PCP estão contra a descida da TSU.
“Não arranjem desculpas de mau pagador, arranjem maneira, dentro da maioria, de se concertarem para fazer os compromissos que fazem. Não disparem depois sobre o PSD porque não vale a pena, a gente não está cá à conta dos encantadores de serpentes que acham que, em cada altura, nos devem iluminar o caminho para nós respondermos de forma muito coerente e responsável, e por aí fora, porque essa conversa connosco não pega”, disse o líder do PSD.
“Já se fala de cisões no PSD porque não queremos ser a muleta do Governo? Eu não sei o que é que, pela comunicação social, se pensa sobre aquilo que algumas pessoas dizem, mas por favor não confundam o que algumas pessoas dizem com o PSD”, sublinhou Pedro Passos Coelho.
A posição social-democrata foi criticada por Marques Mendes. Em declarações no espaço de comentário na SIC, aos domingos, o antigo líder do partido avisou que a posição do PSD de votar contra a descida da TSU para patrões é “absolutamente incompreensível” e um “monumental tiro no pé” que se pode tornar no “maior erro de Passos Coelho desde que está na oposição“.
A medida foi aprovada esta segunda-feira, em conselho de ministros, e seguiu para o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.