Emmanuel Macron não abandonará o cargo de Presidente da República por iniciativa própria. Ou antes de 2027, quando termina o mandato.
Numa comunicação esta quinta-feira à tarde, um dia depois da moção de censura que fez cair o Governo francês, Macron assegurou que não irá apresentar a demissão.
“O mandato que me confiaram democraticamente é um mandato de cinco anos, vou exercê-lo plenamente até ao fim”, afirmou.
“A minha responsabilidade exige garantir a continuidade do Estado, o bom funcionamento das nossas instituições, a independência de nosso país e a proteção de todos vocês.”
Macron revelou que pretende nomear um novo primeiro-ministro "nos próximos dias" e acusou a esquerda e a extrema-direita de se unirem para formar uma "frente antirrepublicana".
“Eu sei que algumas pessoas estão tentadas a responsabilizar-me por essa situação. É muito mais confortável”, admitiu.
A moção de censura ontem aprovada deixou França sem Orçamento do Estado para 2025.
Para fazer face a esse problema, Macron anunciou que será apresentada no Parlamento francês, ainda este mês, uma lei financeira especial para que seja possível “a continuidade dos serviços públicos e da vida do país”.
A lei “aplicará as escolhas de 2024 para 2025”. Ou seja, o Orçamento a aplicar será o mesmo de 2024.