A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) esclareceu este sábado que a atribuição de apoios no valor de 56 mil euros à Almascience, empresa cujo administrador é o investigador Rodrigo Martins, marido da ministra da Ciência, Elvira Fortunato, foi decidido através de “painéis científicos constituídos por peritos independentes de instituições estrangeiras e de reconhecido mérito científico”.
Em comunicado, o órgão que avalia os financiamentos de projetos de investigação científica refere que o concurso esteve aberto entre 8 de fevereiro e 11 de março, datas anteriores à tomada de posse da ministra, que aconteceu no final do mês de março.
“Após esta fase, deu-se início à avaliação das candidaturas, que se debruça sobre o mérito científico do projeto apresentado e o mérito científico dos membros da equipa de projeto”, acrescentando que os projetos são hierarquizados “de acordo com a classificação atribuída pelo painel” científico.
A lista de projetos recomendados para financiamento foi dada a conhecer no dia 27 de julho, com a FCT a indicar que esta é apenas provisória e que está aberto o “período de audiência prévia”.
Na página do concurso está registado que, além da proposta da Almascience que obteve aprovação para financiamento, uma outra proposta da mesma empresa da qual o marido de Elvira Fortunato é administrador e também da Universidade Nova de Lisboa, viu o financiamento ser rejeitado.
Na notícia publicada na quinta-feira pela revista "Sábado", fonte oficial do gabinete da governante garantiu que não existia “qualquer impedimento no exercício da superintendência e tutela para com aquele instituto”.