Mais de 1.200 advogados vão ajudar refugiados ucranianos em Portugal
05-03-2022 - 13:10
 • Ana Catarina André

Para aceder a este apoio, “basta contactar os serviços da Ordem” ou a embaixada da Ucrânia em Portugal, explica o bastonário Luís Menezes Leitão, que foi recebido pela embaixadora da Ucrânia em Portugal.

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Mais de 1.200 advogados disponibilizaram-se a prestar apoio jurídico gratuito aos cidadãos ucranianos que procuram refúgio em Portugal.

O número foi avançado este sábado pelo bastonário da Ordem dos Advogados, Luís Menezes Leitão, no final de uma reunião com a embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets.

“Já estamos a receber contactos de todo o mundo, do Egipto, da República Checa, Espanha. Recebemos já algumas dezenas de pedidos. Trata-se de uma situação a que queremos dar todo o apoio”, frisou o bastonário, explicando que, para aceder a este apoio, “basta contactar os serviços da Ordem” ou a embaixada da Ucrânia em Portugal.

Luís Menezes Leitão prevê que muitos refugiados ucranianos cheguem a Portugal sem documentos de identificação. “Por isso, é preciso dar todo o apoio necessário para que em Portugal, através do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, não haja obstáculos à entrada no país”, sublinha.

“Vão chegar aqui em condições dramáticas e sem a documentação necessária, que terá de ser legalizada. Mesmo para encontrar emprego, há o problema de não terem certificados de habitações e nos empregos, normalmente, exige-se a certificação e isso vai ser algo que vamos ter que dar apoio no quadro dos serviços dos advogados”, que vão colaborar de forma gratuita, explica o bastonário.

Sobre a situação no terreno, a embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets, diz que não tem informações adicionais sobre o impasse em torno dos corredores humanitários nas cidades em que há confrontos entre tropas russas e ucranianas.

O presidente da Câmara de Mariupol garantiu que a evacuação de Mariupol foi adiada, uma vez que não estão reunidas condições para retirar a população em segurança.

Serhiy Orlov, em entrevista à BBC News, assegura que o cessar-fogo não está a ser cumprido pelas tropas russas.

A invasão da Ucrânia ordenada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, iniciada a 24 de fevereiro, já provocou mais de um milhão de refugiados.

Portugal recebeu 1.417 pedidos de proteção, de acordo com dados avançados na sexta-feira pelo Governo.