A Google tem planos para lançar uma versão censurada do seu motor de busca na China que vai bloquear o acesso da população a sites e conteúdos relacionados com Direitos Humanos, democracia, religião e protestos pacíficos.
A notícia foi lançada esta semana pelo site "The Intercept" com base em documentos internos da empresa norte-americana a que o jornalista Ryan Gallagher teve acesso.
O projeto tem o nome de código Dragonfly e, de acordo com o que foi apurado, está a ser preparado desde o final do ano, tendo acelerado depois de um encontro em dezembro entre o CEO da Google, Sundar Pichai, e representantes de alto nível do regime chinês. Estas informações constam dos documentos consultados e já foram confirmadas por fontes familiarizadas com o plano.
Segundo o "The Intercept", equipas de engenheiros e programadores informáticos da Google desenvolveram uma aplicação para Android à medida para censurar tópicos incómodos para o Governo de Xi Jinping. A versão provisória dessa app já foi apresentada às autoridades do país e uma versão final deverá ser lançada entre os próximos seis a nove meses.
Atualmente, o motor de busca da Google não está acessível à maioria dos utilizadores cibernéticos na China por causa da chamada Great Firewall, um sistema criado pelas autoridades chinesas que bloqueia o acesso a este e a outros sites.
A nova app que a Google está a desenvolver para o país enquadra-se nas restritivas leis de censura da China, que bloqueiam o acesso a conteúdos que o Partido Comunista considera desfavoráveis ou incómodos.