José Luís Carneiro disse esta segunda-feira que não abandona as funções do Governo por ser candidato à liderança do Partido Socialista (PS).
O ministro da Administração Interna e candidato à liderança do PS considera que as duas atividades são compatíveis.
“O nosso primeiro-ministro é secretário-geral. Nós íamos ter um congresso em março e ele certamente iria ser candidato ao congresso, em março, não deixava de ser primeiro-ministro para ser candidato ao congresso”, argumenta.
José Luís Carneiro diz também que “os ex-primeiros-ministros do Partido Social Democrata - PPD - foram também presidentes do partido e não deixaram de ser primeiro-ministro para ser candidatos ao partido. O Senhor Presidente da República, quando foi candidato e havia outros candidatos, não deixou de ser Presidente da República para poder ser candidato”.
Separação clara
Na visão do atual ministro da Administração Interna o que tem que acontecer, neste período, é “uma clara separação entre aquilo que são as funções oficiais daquilo que são funções de natureza partidária, porque a nossa democracia tem nos partidos políticos os esteios fundamentais para o respeito por essa democracia”.
“E é por isso, que neste contexto, nesta circunstância, eu não me devo pronunciar sobre questões partidárias”, remata.
O Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, participou esta manhã na cerimónia de consignação da obra de reabilitação do quartel do Destacamento e Posto Territorial da Guarda Nacional Republicana (GNR), em Coruche.
José Luís Carneiro oficializou, no sábado, em Coimbra, a sua candidatura à liderança do Partido Socialista. O governante prometeu defender o “legado do Estado social com contas certas”.
Para esta tarde está anunciada a apresentação da candidatura do deputado e ex-ministro Pedro Nuno Santos, na sede nacional do partido, em Lisboa.