O Presidente da República considerou esta quinta-feira, a propósito da detenção do director do Museu da Presidência, que os portugueses esperam que "a justiça se aplique sem discriminações", e disse ter dado instruções para "total colaboração" nessa investigação.
Em declarações aos jornalistas, no Parlamento, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que estas investigações respeitam a "factos antigos" e envolvem "um funcionário director de serviço antigo, muito conceituado", do quadro da Presidência da República, salientando que Diogo Gaspar foi condecorado pelos seus dois antecessores.
"Não tendo embora sido uma escolha minha, eu espero que possa provar a inocência. Mas o que é facto é que os portugueses esperam que na Presidência da República, como em todas as instituições, a justiça se aplique sem discriminações", acrescentou.
Nestas declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa separou a investigação judicial que levou à detenção de Diogo Gaspar de iniciativas que desencadeou neste início de mandato, numa alusão à auditoria interna sobre as contas de Belém.
"Esta investigação é uma realidade separada de iniciativas tomadas já no meu mandato, se quiserem. São realidades complementares, mas separadas, uma vez que [esta investigação] começou bem antes do mandato presidencial que me respeita", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.