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A noite eleitoral do Livre, no Teatro Thalia, em Lisboa, começou morna, com poucos militantes a acompanhar as projeções e os primeiros resultados pela televisão. Mas, por volta das 21h00, a sala começou a encher e já não havia lugares sentados disponíveis.
A ansiedade era grande, e não havia ninguém que não estivesse agarrado ao telemóvel a acompanhar a contagem dos votos. O primeiro momento de festa aconteceu quando, no ecrã gigante, apareceu a notícia da eleição de Jorge Pinto, pelo círculo do Porto. Aplausos e cânticos, como "Presente, futuro. Livre, Livre, Livre", ecoaram no teatro Thalia.
Mesmo com um deputado eleito, os militantes sonhavam com mais. A reeleição de Rui Tavares, vista como expectável, confirmou-se e, por isso mesmo, o momento alto da noite foi quando Isabel Mendes Lopes, "número dois" por Lisboa, foi eleita. Aí, sim, a sala veio abaixo.
Os militantes começaram a gritar pelo nome da deputada eleita, que subiu ao palco visivelmente emocionada. Isabel Mendes Lopes agradeceu a confiança dos eleitores e garantiu que o Livre vai continuar a crescer.
Agora sim, o objetivo principal do partido da papoila estava confirmado. O Livre triplicou a número de deputados e conquistou o direito a ter o seu grupo parlamentar, para lutar pela “esquerda, verde e europeia”.
A noite não ficou por aqui. Pouco depois, Paulo Muacho foi eleito por Setúbal. Como diria cantautor brasileiro Chico Buarque, "foi bonita a festa, pá" para o Livre e Rui Tavares subiu ao palco para falar a todos os presentes e ao país.
O líder partidário agradeceu a confiança e teceu duras críticas à direita, especialmente ao Chega, que quadruplicou o número de deputados. Rui Tavares disse que “o Livre provou que há espaço para uma esquerda europeísta e verde” e que tem a certeza que numas próximas eleições legislativas o partido vai multiplicar por cinco o número de deputados.
Rui Tavares acabou a noite a falar diretamente para as pessoas que votaram no partido: “Não se esqueçam de dizer a toda a gente que está livre, como dizia António Variações, que nós somos livres e, por isso, pergunto: Porque não vamos unidos?”.
Momentos depois, Rui Tavares desceu do palco e com música a acompanhar cumprimentou todos os presentes na sala num momento de festa com muita dança à mistura.