Se todas as pessoas com mais de 65 anos quisessem aceder à rede de serviços e equipamentos para idosos, só 13 em cada 100 encontrariam resposta, noticia este sábado o “Público”.
A informação consta da última Carta Social, documento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. No ano passado, a ocupação média dos centros de dia rondava os dois terços.
Os lares cheios estão mais cheios, sobretudo, de pessoas com algum tipo de demência.
O número de lugares/capacidade nas principais respostas para as pessoas idosas revelou um incremento (74 %) ao longo do período de análise (2000-2017), em linha com o aumento do número de respostas. Em 2017, por relação ao ano de 2000, contabilizaram-se mais 116 mil novos lugares, totalizando cerca de 272 mil lugares, lê-se no documento.
Apesar da cobertura de respostas ter evoluído de forma positiva nos últimos dez anos, o aumento acelerado da população com 65 ou mais anos tem condicionado o crescimento da taxa de cobertura destas respostas.
Em 2017, a taxa de cobertura média no continente das principais respostas que visam o apoio à população idosa cifrou-se em 12,7 %, ainda assim refletindo uma taxa de crescimento de 14,7 % por comparação a 2006.
Em termos territoriais, é de destacar que 65 % dos concelhos do território continental apresentava uma taxa de cobertura acima da média (12,7 %). No entanto, as áreas metropolitanas do Porto e Lisboa, assim como a região algarvia, apresentavam, em 2017, na maioria dos seus concelhos, taxas de cobertura abaixo da média.
O peso relativo da população residente com 65 ou mais anos na população total tem-se intensificado ao longo dos anos, representando, em 2017, 21,8 % da população total do Continente (em 2000 era 16,5 %). Dos dezoito distritos do território continental, doze registavam, em 2017, um peso relativo de população com 65 ou mais anos superior à média do Continente (21,8 %).