S.TO.P convoca greve contra violência nas escolas
24-10-2019 - 10:00
 • Lusa

Na última semana ocorreram várias situações, como o caso do professor que alegadamente agrediu um aluno e de professores e funcionários agredidos por alunos em ambiente escolar.

O Sindicato de Todos os Professores (S.TO.P) vai entregar um pré-aviso de greve para as próximas duas semanas abrangendo professores, funcionários, psicólogos escolares e técnicos para protestar contra “a violência e a impunidade nas escolas”.

“Como é público o S.TO.P tem uma greve nacional desde 3 de outubro contra o amianto e qualquer trabalhador que se sinta lesado pode aderir. Contudo, nos últimos dias houve um conjunto de situações de violência nas escolas que justificam uma nova greve”, disse o sindicalista André Pestana.

Na última semana ocorreram várias situações mediáticas como o caso do professor que alegadamente agrediu um aluno e de professores e funcionários agredidos por alunos em ambiente escolar.

“Esta situação despoletou um sentimento de saturação de quem trabalha na educação. O S.TO.P tem recebido muitas solicitações de professores, técnicos e psicólogos a dizer-nos que é uma situação insustentável e que deve ser enviado um sinal de descontentamento”, indicou.

André Pestana disse também que o sindicato já tentou marcar reuniões com o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, mas que não obteve respostas até agora.

“Sobre esta questão específica da violência enviámos um email ao ministro da Educação a pedir uma reunião. Vamos entregar o pré-aviso da greve com os requisitos específicos para a questão da violência para que qualquer profissional da educação possa fazer greve se assim o entender sem levar falta”, disse.

Na quarta-feira, alunos, professores, funcionários e encarregados de educação da Escola Básica Galopim de Carvalho, em Queluz, distrito de Lisboa, fizeram um cordão humano contra a violência neste estabelecimento de ensino.

O S.TO.P convocou uma greve contra o amianto entre os dias 3 e 18, mas depois decidiu prolongar até ao fim do mês a paralisação destinada a exigir a retirada de materiais com amianto das escolas.