O plano do Ministério da Saúde para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) prevê a mobilização de 75 equipas móveis de suporte básico de vida e os principais hospitais terão planos de contingência para eventuais situações de exceção.
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, resumiu o plano do SNS para o encontro que que decorre entre 1 e 6 de agosto, em Lisboa.
"Dois hospitais de campanha com grande capacidade de resposta, dez postos médicos avançados com capacidade para suporte avançado de vida, 75 postos fixos de suporte básico de vida, mais 75 postos móveis de suporte básico de vida e um reforço de mais 74 meios de transporte do INEM, uma parte dispersos pelo país, mas com uma concentração especial em Lisboa, entre 31 de julho até 8 de agosto”, declarou Manuel Pizarro, em declarações aos jornalistas.
O plano prevê ainda a instalação de dez postos médicos avançados do INEM.
António Marques, presidente da comissão que elaborou o plano de saúde para a JMJ, sublinha que "há que compreender que não se trata de um evento localizado, mas descentralizado ao longo do país, em que, durante a última semana de julho, temos vários eventos a decorrer em 17 dioceses, 15 das quais no continente e as outras nas ilhas".
No caso de situações de exceção, estão também previstos planos de contingência para os hospitais com maior capacidade de resposta no país, na perspetiva de uma articulação em rede, adiantou ainda António Marques.
Em abril, o Ministério da Saúde criou, através de um despacho, uma comissão que ficou encarregue de elaborar e acompanhar o plano de resposta do Ministério da Saúde para a JMJ e para a visita do Papa Francisco a Portugal.
Com esta comissão, presidida pelo médico António Marques, o ministério pretendeu "garantir uma resposta atempada, estruturada e eficaz no âmbito da saúde e da gestão dos seus recursos" durante os vários eventos previstos para julho e agosto.
Antes da Jornada Mundial da Juventude, as dioceses de todo o país vão promover o encontro de jovens de todo o mundo, com a chegada dos peregrinos a ocorrer de 26 a 31 julho.
A comissão integrou representantes do Ministério da Saúde na Comissão de Acompanhamento do Grupo de Projeto para a organização da JMJ, da Direção-Geral da Saúde, da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde, da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), do Instituto Ricardo Jorge (INSA), do INEM e das várias administrações regionais de saúde, entre outras entidades públicas do setor.
Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ vai realizar-se entre 1 e 6 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.
As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
A JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
A edição deste ano, que contará com o Papa Francisco, esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia da covid-19.