Os hospitais do Alentejo estão a apoiar-se mutuamente, depois de um aumento anormal de afluxo de doentes às urgências do hospital do Espírito Santo de Évora por causa da pandemia de Covid-19. A situação está agora normalizada.
A informação é dada pelo próprio Hospital do Espírito Santo de Évora: o afluxo de doentes na Área Dedicada aos Doentes Respiratórios do Serviço de Urgência Geral (ADR SU) normalizou nas últimas horas, por isso a unidade hospitalar já voltou a receber doentes com o vírus da covid-19 e suspeitos de infeção.
De acordo com os últimos dados disponibilizados de segunda-feira à noite, estavam internados 63 doentes com covid-19, estando oito na Unidade de Cuidados Intensivos. Uma situação que “será reavaliada em função das necessidades”, indica a nota enviada à Renascença.
Para conseguir ultrapassar esta situação, o hospital eborense contou com a pronta colaboração dos restantes estabelecimentos hospitalares da região.
A Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), através da sua Urgência médico-cirúrgica e do seu Serviço de Urgência da Área Dedicada a Doenças Respiratórias (ADR-SU), no Hospital Dr. José Maria Grande, em Portalegre, prontificou-se a receber doentes provenientes de Évora, caso houvesse necessidade. No hospital do distrito de Portalegre estão internadas 34 pessoas com covid-19. Na área de influência da ULSNA há, de acordo com os dados revelados, 708 casos ativos.
No baixo Alentejo, o apoio do hospital de Beja foi efetuado através da observação de infetados ou suspeitos de infeção provenientes da área de abrangência do hospital de Évora.
Até ao final da tarde de ontem, tinham sido observados 15 utentes provenientes de Évora, cinco doentes covid-19 que ficaram internados no hospital José Joaquim Fernandes, dois deles na área da Unidade de Cuidados Intensivos.
Dos 15 utentes observados, cinco são doentes covid-19 e estão internados no hospital de Beja, três na área do Serviço de Medicina e dois na área da Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) dedicadas à covid-19.
De acordo com Conceição Margalha, presidente da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), citada pela Lusa, atualmente, o hospital de Beja "não tem capacidade de internamento" de doentes na área da UCI dedicada à covid-19, porque está cheia, já que as quatro camas existentes estão ocupadas. Já na área do Serviço de Medicina dedicada à covid-19, só estão disponíveis cinco das 24 camas existentes.