O advogado e político Rudy Giuliani declaraou falência esta quinta-feira, dias depois de ter sido condenado a pagar 140 milhões de dólares a duas pessoas que trabalharam nas urnas da Geórgia, durante as Presidenciais de 2020, que acusou falsamente de terem participado numa fraude eleitoral contra Donald Trump.
Na declaração de falência, feita em Nova Iorque, Giuliani indicou que tinha um passivo entre 100 milhões de dólares e 500 milhões de dólares e bens entre um milhão e 10 milhões de dólares.
O porta-voz de Giuliani, Ted Goodman, disse que "ninguém pode acreditar que Rudy Giuliani será capaz de pagar um valor punitivo tão alto".
A declaração de falência nos EUA permite a Giuliani restruturar as suas dívidas e travar outras ações legais contra si, na sequência do apoio que deu a Donald Trump na negação dos resultados das eleições de 2020.
Rudy Giuliani era o mayor de Nova Iorque quando ocorreu os atentados terroristas a 11 de Setembro de 2001. A sua liderança foi elogiada e deu-lhe reconhecimento nacional e internacional. Em 2016, integrou a equipa legal de Donald Trump e tornou-se num dos seus aliados mais mediáticos.
Depois da derrota de Trump nas Presidenciais de 2020, Rudy Giuliani defendeu a teoria de conspiração de que os resultados tinham sido uma fraude orquestrada pelo Partido Democrata e Joe Biden, o que levou a muitos processos em tribunal contra si.