Houve quebra do dever de cooperação da Polícia Judiciária Militar no caso do "achamento" das armas furtadas da base militar de Tancos, revelou esta quinta-feira o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, citando um relatório confidencial.
"A ação inspetiva foi feita com a urgência que eu tinha pedido e foi possível concluir que houve uma quebra do dever de cooperação por parte dos elementos da PJM no chamado achamento", afirmou João Gomes Cravinho, esta quinta-feira, no Parlamento.
De acordo com o ministro da Defesa, foram ocorreram "desvios em relação ao padrão de atuação da PJ Militar em situações de investigação criminal".
O relatório é confidencial e foi enviado para a Procuradoria-Geral da República, adianta João Gomes Cravinho.
O ministro da Defesa considera, no entanto, que a atuação da Polícia Judiciária Militar no caso de Tancos foi uma exceção.
Questionado sobre se alguma vez tinha percebido que o primeiro-ministro ou o Presidente da República tinham conhecimento de qualquer encenação no "achamento das armas", o ministro disse que nunca tinha falado com nenhum deles sobre o caso.