A União Europeia (UE) disse esta terça-feira que a tentativa de homicídio de um ex-espião russo em Inglaterra é um assunto “chocante” e que, se o Reino Unido quiser, a organização está pronta a apoiá-lo.
O apoio de Bruxelas, não obstante o facto de Reino Unido e UE estarem a meio de negociações complicadas de separação, chega depois de Londres ter dado a Moscovo um ultimato para explicar como é que um gás de nervos desenvolvido pela União Soviética foi usado para tentar matar um ex-agente russo que desertou e passou a trabalhar para os serviços secretos britânicos.
Num email enviado à agência Reuters, a porta-voz da política externa da União Europeia, Federica Mogherini, disse que a organização está “chocada” com o facto de ter sido usado um agente químico de produção militar para tentar levar a cabo um homicídio em território britânico, constituindo uma ameaça para civis.
“Estamos com o Reino Unido na busca de justiça neste caso e, se necessário, daremos o nosso apoio”, diz Mogherini.
Sergei Skripal e a sua filha Yulia foram envenenados durante a semana passada, na cidade de Salisbury. Os dois encontram-se hospitalizados e estáveis.
Skripal foi condenado por alta-traição na Rússia em 2006, depois de ter desertado dos serviços secretos russos e de ter revelado as identidades de outros agentes russos.