As forças israelitas mataram 14 palestinianos durante uma operação no sábado, na Cisjordânia ocupada. Um condutor de ambulância também foi morto, quando ia recolher feridos de um ataque por colonos judeus, declararam as autoridades palestinianas.
O exército de Israel iniciou um ataque prolongado nas primeiras horas de sexta-feira, na área de Nur Shams, perto da cidade palestiniana de Tulkarm, um ponto crítico, e trocaram tiros com combatentes armados até sábado.
Foram ouvidas rajadas de tiros enquanto pelo menos três drones foram vistos a pairar sobre Nur Shams, uma área que abriga refugiados da guerra de 1948 - que acompanhou a criação do Estado de Israel - e os seus descendentes.
As Brigadas Tulkarm, que agrupam forças de numerosas fações palestinianas, disseram que os combatentes trocaram tiros com as forças israelitas no sábado.
A Cisjordânia é uma área em forma de rim, com cerca de 100 km de comprimento e 50 km de largura, que tem estado no centro do conflito israelo-palestiniano desde que foi tomada por Israel, na guerra de 1967 conhecida como "Guerra dos Seis Dias", que opôs Israel a uma coligação de países árabes - nomeadamente o Egito, a Síria e a Jordânia.
A guerra de Gaza ofuscou a violência contínua no território, incluindo ataques regulares do exército a grupos militantes, ataques de colonos judeus em aldeias palestinianas e ataques na rua por parte de palestinianos a israelitas.
Milhares de palestinianos foram presos e centenas foram mortos durante operações regulares do exército e da polícia israelitas desde o início da guerra de Gaza, a maioria membros de grupos armados, mas também jovens que atiravam pedras e civis não envolvidos.
No sábado, as autoridades de saúde palestinianas disseram que pelo menos 14 palestinianos - dois dos quais foram identificados por fontes e autoridades como um homem armado e um menino de 16 anos - foram mortos durante o ataque, o que fez deste um dos maiores números de vítimas na Cisjordânia em meses. Outro homem foi morto na sexta-feira.
Os militares israelitas disseram que vários militantes foram mortos ou presos durante o ataque, e que pelo menos quatro soldados ficaram feridos em trocas de tiros.
Num incidente separado, o Ministério da Saúde palestiniano disse que um condutor de ambulância, com 50 anos, foi morto por tiros israelitas perto da vila de Al-Sawiya, ao sul da cidade de Nablus, quando se dirigia para transportar pessoas feridas durante o ataque à aldeia.
Ainda não é claro se o condutor foi baleado por colonos, e as forças armadas israelitas não responderam às perguntas da Reuters.