O presidente da comissão de trabalhadores (CT) do Infarmed, Rui Spínola, diz que a divulgação do relatório do grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde para avaliar o impacto da mudança da instituição para o Porto constitui "uma tentativa de fazer pressão sobre a opinião pública".
“Ao contrário do que nos tinha sido prometido pelo Ministro da Saúde, não recebemos o relatório. Amanhã, vai haver uma conferência de imprensa para esclarecer as noticias que estão a surgir. É uma tentativa de fazer pressão na opinião pública, dizendo coisas que não refletem a realidade do Infarmed”, diz Rui Spínola à Renascença.
O documento, revelado pelo JN, diz que a deslocalização "trará maior produtividade e eficiência" à autoridade do medicamento, tese que Spínola contesta: “A única eficiência que apontam para beneficio a mudança do Infarmed é a junção de todos os serviços num único de edifício. Tal eficiência podia ser alcançada em qualquer parte cidade do país e não apenas no Porto."
"Se, ao fim de seis meses, de milhares de euros do horário público gastos, de uma ansiedade tremenda causada aos trabalhadores do infarmed, um grupo de trabalho criado aponta que o beneficio apresentado é o mesmo que qualquer estagiário no primeiro dia de trabalho apresentaria”, acrescenta.
"A missão do Infarmed, a sua atividade, a segurança dos medicamentos em Portugal podem estar colocada em causa por uma decisão politica que não traz qualquer vantagem para a saúde pública. Pode trazer outro tipo de vantagens, mas, passados seis meses, o Infarmed não consegue apontar um único benefício", remata o presidente da CT do Infarmed.