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O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, considera que ainda “não é o tempo de balanços”, 11 dias após o regresso gradual de alguma atividade no país, mas o número de internamentos tem vindo a descer.
“Não é o tempo de balanços, mas de olhar para os números com prudência, disse o governante na conferência de imprensa diária da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Lacerda Sales referiu ainda que “desde 4 de maio, dia em que arrancou o desconfinamento, assistimos a uma redução de mais de 17% do número de doentes em internamento hospitalar, de 16% de internamentos nos cuidados intensivos”.
“Os casos recuperados também tiveram um aumento superior a 90%. Isto não significa que devamos relaxar os cuidados e as medidas de distanciamento e higiene, mas seguramente dá-nos confiança”, disse.
“O desconfinamento não significou um relaxamento da testagem”, acrescentou ainda Lacerda Sales, dando como exemplo o caso de 13 de maio, dia em que se fizeram cerca de 17.500 testes, o valor mais alto até agora desde o início da pandemia.
Portugal regista 1.190 mortos (são mais seis que na quinta-feira, o número mais baixo desde 22 de março) e 28.583 infetados (mais 264, o que supõe um aumento de 0,9%) pelo novo coronavírus, segundo o boletim diário da Direção-Geral de Saúde (DGS).
Na mesma conferência de imprensa, a diretora-geral da Saúde foi questionada se é possível caraterizar os óbitos registado, até ao momento em Portugal em relação com a Covid-19.
Graça Freitas responde que há "86,6% de óbitos acima dos 70 anos e 14,4% abaixo dos 70 anos. A pessoa mais nova está no grupo dos 20 aos 29".
"A grande maioria destes óbitos tem registado na certidão de óbito comorbilidades, ou seja, de doenças muitas vezes graves, oncológicas, neurológicas, cardiovasculares, associadas ao óbito. No entanto, em algumas, muito poucas situações, casos esporádicos, o médico não mencionou nenhuma comorbilidade, mas são situações muito pontuais”, sublinhou a diretora-geral da Saúde.