A secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade revelou em 2017 mais de 11.100 mulheres foram atendidas na rede nacional de apoio às vítimas de violência doméstica.
"Trata-se de um número muito significativo, para já é o que temos disponível, porque ainda faltam apurar dados relativamente ao ano de 2018. Estas mulheres procuram ajuda nos gabinetes de apoio às vítimas de violência doméstica, nomeadamente nas respostas de atendimento, que são a primeira linha de informação perante estes casos", disse Rosa Monteiro em Moncorvo, distrito de Bragança.
A secretária de Estado adiantou que cerca de 850 mulheres foram recolhidas em casas Abrigo que são a última solução de atuação das autoridades competentes perante casos de violência doméstica.
"Temos estado a fazer um trabalho em que o principal objetivo é cobrir a maior área do território nacional com estas medidas, para que regiões do interior tenham, igualmente, este tipo de respostas e atendimento. Por vezes, as mulheres têm mais dificuldade em recorrer a centros urbanos de maior dimensão, onde estes serviços de apoios às vítimas de violência doméstica foram primeiramente criados", vincou a governante.
A secretaria de Estado deixou claro que é preciso ter uma lógica de parceria que envolva as autarquias, para assim se criarem redes territoriais para haver uma maior articulação entre as partes envolvidas no processo de ajuda.
"Esta é uma área que não se pode trabalhar com mero voluntarismo, porque exige conhecimento dos enquadramentos legais, das respostas existentes e daquilo que é dimensão sociológica e psicológica, deste crime [publico], que é a violência domésticas", frisou Rosa Monteiro.
A governante falava à margem da assinatura de um protocolo entre a Comissão para a Igualdade de Género e o município de Torre de Moncorvo e da inauguração do Núcleo Intermunicipal em Vítimas de Doméstica e de Género, que quinta-feira decorreu naquela vila transmontana.