A Holanda iniciou, nesta terça-feira, um segundo confinamento que vai durar até dia 19 de janeiro, mas que será aligeirado no Natal.
Todas as escolas e lojas estão fechadas durante, pelo menos, cinco semanas, bem como todos os locais públicos, incluindo creches, academias, museus, zoológicos, cinemas, cabeleireiros e salões de beleza. As escolas começam a abrir um dia antes.
Supermercados, bancos e farmácias poderão permanecer abertos.
"A Holanda está a fechar", afirmou o primeiro-ministro numa comunicação ao país, enquanto, do lado de fora do seu escritório, em Haia, manifestantes batiam tachos e panelas em protesto contra as medidas.
“Percebemos a gravidade de nossas decisões, pouco antes do Natal”, disse Mark Rutte na segunda-feira.
As medidas, detalhadas num raro discurso direto na televisão, incluem limitar as reuniões a não mais que duas pessoas, incluindo em casa. No Natal, serão permitidos três visitantes adultos em cada casa.
As pessoas foram ainda aconselhadas a ficar em casa, a não se deslocar para o trabalho e a evitar o mais possível o contacto com outras pessoas.
“Quanto menos contatos tivermos, melhor. Temos que fazer de tudo para chegar a bom porto. E sim, vai melhorar”, garantiu.
“A realidade é que não estamos a lidar com uma gripe inocente, como acreditam alguns dos que protestam lá fora, mas com um vírus que pode atingir qualquer pessoa”, sublinhou.
O primeiro-ministro apelou ainda à população que adie viagens internacionais não essenciais até 15 de março.
Apesar das restrições, os bairros comerciais da Holanda têm estado lotados de gente, após as comemorações de 5 de dezembro para a entrega de presentes, para assinalar o aniversário de São Nicolau.
Entre domingo e segunda-feira, a Holanda registou perto de 8.500 novos casos de infeção pelo novo coronavírus. Isto, depois de um aumento de quase 10.000 infeções no dia anterior, a maior subida em mais de seis semanas.
Desde o início da pandemia, o país conta mais de 600 mil casos e 10 mil mortes.