Carla Castro, candidata à liderança da Iniciativa Liberal (IL), não vai propor qualquer data para a convenção eletiva e acatará a decisão do Conselho Nacional de domingo, abstendo-se nas votações sobre o calendário eleitoral.
"Eu não vou propor nenhuma data, eu vou aceitar aquilo que os conselheiros decidirem. As condições de partida não foram iguais e eu tomei a decisão com base nos dados que tinha e decidi avançar, o que significa que estarei preparada para as eleições em dezembro. Se for adiado, também estarei obviamente preparada para ser em janeiro", referiu Carla Castro.
Na terça-feira, também Rui Rocha, o outro candidato na corrida à liderança da IL, considerou que o único condicionamento das eleições internas é "insistir num calendário mais curto" e recusar o adiamento da convenção para janeiro.
Questionada sobre como votará esta proposta do seu opositor, Carla Castro adiantou que se vai abster em todas as votações sobre o calendário eleitoral que terão lugar no Conselho Nacional de domingo que vai aprovar a data e o regimento da convenção eletiva da qual sairá o sucessor de João Cotrim Figueiredo.
"O mal está feito e não se remedeia assim. Isto é correr atrás do prejuízo e não vai alterar as condições ou a decisão da minha candidatura e, portanto, eu acatarei de bom grado a decisão que for tomada pelos conselheiros", enfatizou.
Para a deputada e dirigente liberal, "aquilo que deve ser ponderado neste momento é aquilo que é o melhor para o partido", mostrando-se "tranquila com qualquer das opções".
Sobre o facto de já ter defendido, a semana passada, que não via qualquer necessidade em adiar a convenção, Carla Castro sublinhou que "mais tempo vai permitir trabalhar mais e preparar mais" a sua candidatura.
"Mas a questão essencial é independentemente do que é bom para as candidaturas, o que é que é importante para o partido. Eu não vejo essa necessidade do ponto de vista do partido, mas haverá outras considerações certamente, poderão haver outros intuitos", justificou.