Nada passa ao lado das redes sociais, e não foi a demissão de António Costa a ser a exceção. Ninguém perdeu a oportunidade de comentar o mais recente caso político nacional - quer aliviando o ambiente, quer expressando alguma alegria.
A abertura das 'hostilidades' foi marcada por um habitué da atualidade nacional, Insónias em Carvão.
A ironia e o sarcasmo foram os recursos mais usados nas redes sociais. Alguns optaram por se despedir, 'emocionados', de António Costa.
Também uma conhecida frase da série de humor "Aqui não há quem viva", que tantas vezes serviu para pedir a demissão de António Costa com algum humor, voltou a aparecer esta terça-feira.
Outros usaram recentes estreias da televisão portuguesa - a nova versão da série 'Morangos com Açúcar' - para comentar o tema do dia.
Até as eternas palavras de Marcelo Rebelo de Sousa aquando do anúncio da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa voltaram a surgir.
As redes sociais também foram fonte de um mal-entendido. Na SIC Notícias, José Gomes Ferreira começou a ler um tweet que anunciava, às 13h14, a demissão de António Costa. Porém, o tweet não era mesmo de António Costa.
O tweet em causa era este, de uma conta satírica de António Costa - algo que está indicado na própria biografia.
A sátira também chega lá fora. A 'DG MEME' uma conta que se dedica a satirizar a atualidade política europeia, sublinhou o fim das ambições europeias de Costa - a par das de Mark Rutte, atualmente primeiro-ministro demissionário nos Países Baixos.
António Costa demitiu-se esta terça-feira, na sequência de buscas judiciais na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento.
A Procuradoria-Geral da República confirmou as detenções do chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, do presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, de dois administradores da sociedade Start Campus, responsável pela criação de um megacentro de dados em Sines, e um consultor da empresa, que é também grande amigo de Costa.
A par dos cinco detidos, foram constituídos arguidos o ministro das Infraestruturas, João Galamba, e o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, todos no âmbito do inquérito dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) aos negócios do lítio em Montalegre e do hidrogénio verde em Sines.