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Um Boeing 737 caiu este domingo de manhã na Etiópia e matou 157 pessoas. O aparelho pertence à Ethiopian Airlines e tinha acabado de decolar de Adis Abeba, a capital, com destino a Nairobi, no Quénia.
A bordo seguiam 157 passageiros, de 35 países, e oito membros da tripulação. Não há sobreviventes, segundo a televisão pública da Etiópia. Oito dos passageiros eram de nacionalidade chinesa.
O incidente terá ocorrido às 8h44 (menos uma hora em Lisboa), hora em que a torre de controlo perdeu o contacto com o avião, e a notícia foi comunicada pela própria empresa, num comunicado no Twitter: "O nosso voo ET-302, de Adis Abeba a Nairob sofreu hoje um acidente".
As causas da queda do aparelho são ainda desconhecidas, mas segundo o site sueco Flightradar24, de rastreamento de voos, os dados existentes “mostram que a velocidade vertical ficou instável depois da descolagem”.
De acordo com as informações avançadas, o acidente terá ocorrido cerca de seis minutos após a descolagem do aeroporto da capital da Etiópia, altura em que o aparelho desapareceu dos radares.
Dificuldades depois de descolar
O piloto do avião da Ethiopian Airline pouco depois de descolar de Adis Abeba reportou “dificuldades” e pediu para regressar ao aeroporto da capital etíope, disse o presidente-executivo da companhia, Tewolde Gebremariam.
“O piloto reportou à torre de controlo que estava com dificuldades e que queria regressar”, afirmou o presidente-executivo da Ethiopian Airline, numa conferência de imprensa em Adis Abeba sobre o acidente aéreo que matou todas as 157 pessoas de 32 nacionalidades que estavam a bordo do aparelho (149 passageiros e oito tripulantes).
Segundo Tewolde Gebremariam, o piloto do Boeing 737 “teve autorização” para virar e voltar ao aeroporto de Adis Abeba.
No aeroporto de Nairobi, muitos familiares aguardam mais informações e muitos desejam que os seus entes queridos tenham perdido o voo.
A companhia aérea já publicou os números de emergência para onde se pode ligar.
Face à tragédia, o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, já manifestou “profundas condolências” às famílias das vítimas, na sua conta oficial no Twitter.
Dois acidentes em cinco meses com o Boeing 737 MAX
A Ethiopian Airlines anunciou, entretanto, que a companhia aérea, as autoridades etíopes, o fabricante Boeing e outras partes interessadas vão colaborar numa investigação para descobrir as causas do acidente.
O acidente de hoje ocorreu cerca de cinco meses depois de um outro Boeing 737 MAX da companhia Lion Air ter caído na Indonésia cerca de 12 minutos após a descolagem e por causa de falhas técnicas, de acordo com os dados recolhidos de uma das caixas negras do aparelho.
O acidente ocorrido em outubro de 2018 provocou a morte de 189 pessoas.
A transportadora
A Ethiopian Airlines é membro da Star Alliance (a mesma que integra a transportadora portuguesa TAP) desde dezembro de 2011 e, de acordo, com o ‘site’ da aliança, trata-se da companhia de bandeira da Etiópia e líder em África.
A Ethiopian Airlines foi fundada em 21 de dezembro de 1945 e a sua rede abrange Europa, América do Norte, América do Sul, África, Médio Oriente e Ásia, ligando as cidades em todo o mundo.
O último acidente desta transportadora aérea aconteceu a 25 de janeiro de 2010, quando um Boeing 737-800 caiu no mar Mediterrâneo, pouco tempo depois de ter iniciado a ligação entre Beirute e Adis Abeba. Nesse acidente morreram 90 pessoas.
Governo manifesta consternação
O Governo português manifestou "profunda consternação" pelas 157 vítimas mortais da queda do avião na Etiópia.
[notícia atualizada às 17h08]