Sem assento na concertação social, a Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) pediu uma audiência com carácter de urgência ao ministro do Trabalho, Vieira da Silva, por causa da questão do aumento do salário mínimo nacional (SMN).
O presidente da CPPME, João Vicente, não concorda com a solução negociada em concertação social e diz que a polémica em torno da taxa social única (TSU) é “um espectáculo degradante”.
“Como é possível que para justificar, fundamentar, para que o patronato aceite a subida de um salário que é miserável, arranjar compensações que são ilegais. Mas o que é isto de mexer na taxa social única”, critica o patrão dos pequenos patrões em declarações à Renascença.
João Vicente aponta a possibilidade de uma maior redução no pagamento especial por conta, como uma das hipóteses de solução para compensar o aumento do salário mínimo.
O presidente da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas defende que a redução da TSU favorece, sobretudo, as grandes empresas.
“Quem maioritariamente paga o salário mínimo neste país são os “call center”, as grandes superfícies. Há mais, mas são sempre as grandes empresas, esses sim beneficiaram desta medida do Governo”, sublinha João Vicente em declarações à Renascença.