Nenhum candidato do concurso de conceção e construção da nova ponte D. António Francisco dos Santos foi excluído no decorrer da apresentação do estudo prévio, adiantou esta segunda-feira o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia.
Em declarações aos jornalistas, à margem da reunião do executivo, Eduardo Vítor Rodrigues afirmou que todos os candidatos, que tinham até junho para apresentar o estudo prévio, se mantêm no concurso de conceção e construção da nova ponte.
"Todos os concorrentes foram aceites. Sete concorrentes, não houve exclusões", afirmou o autarca, acrescentando que os candidatos terão "até setembro ou outubro" para apresentar o projeto.
Em 20 de dezembro de 2021, a Câmara do Porto revelou que foram admitidos sete candidatos no concurso de conceção e construção da nova ponte e dos seus acessos, que se estima estar concluída no primeiro semestre de 2026.
De acordo com o relatório final da fase de qualificação foram admitidos sete candidatos: a empresa Puentes y Calzadas Infraestructuras S.L.U., o consórcio de Alexandre Barbosa Borges, S.A. e Construgomes Engenharia, S.A., o consórcio Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A. e Omatapalo - Engenharia e Construção, S.A., o consórcio Afavias - Engenharia e Construções, S.A., Casais - Engenharia e Construções, S.A. e Teixeira Duarte - Engenharia e Construções, S.A., o consórcio Ramalho Rosa Cobertar, Sociedade de Construções, S.A. e FCC Construcción, S.A., o consórcio Alberto Couto Alves, S.A., Alves Ribeiro, S.A. e Betar Consultores, Lda., e a empresa Conduril - Engenharia, S.A..
Terminada a fase de apresentação dos projetos, que culmina na adjudicação ao vencedor, inicia-se a fase de execução contratual, ou seja a execução de estudos e projetos durante os primeiros 12 meses e a execução da empreitada nos 24 meses seguintes.
A estes três anos, acrescem dois meses para a realização de ensaios, estando prevista a conclusão da obra para o primeiro semestre de 2026.
O preço base do concurso é de 38,5 milhões de euros e o prazo máximo de execução 1.150 dias (ou seja, três anos).
Construída a montante da Ponte de São João e a jusante da Ponte do Freixo, a nova ponte ligará a marginal ribeirinha do Porto (Avenida Paiva Couceiro) à zona de Quebrantões, em Gaia, onde “nascerá uma nova via de ligação à atual rotunda Gil Eanes”.
A nova ponte terá uma extensão de 625 metros, sendo que 300 metros se desenvolvem sobre o leito do rio Douro e os restantes sobre os terrenos de Gaia.
O tabuleiro da ponte D. António Francisco dos Santos, assim designada em homenagem ao falecido bispo da Diocese do Porto, terá duas faixas de rodagem, com duas vias de circulação cada, bem como passeios e ciclovias de ambos os lados.
Do lado do Porto, em termos de acessos, está prevista a construção de uma rotunda sobrelevada à atual Avenida Paiva Couceiro, que se interligará a esta “através de dois ramos de ligação em viaduto”, esclarece a autarquia, acrescentando que se pretende que a continuidade da avenida se mantenha, “reservando a atual marginal, sob a rotunda, para usufruto pedonal e dos meios suaves”.
Já do lado de Gaia, o acesso à futura ponte será feito através da construção de uma rotunda e de um novo arruamento com cerca de 590 metros de extensão, que ligará à rotunda Gil Eanes, objeto também de intervenção para que nela se possa incluir “uma ciclovia em todo o seu perímetro”.