O ministro das Infraestruturas pediu desculpas, no Parlamento, aos utentes afetados pelas supressões nos comboios.
Falando, no âmbito de um debate de urgência sobre as supressões nos transportes públicos urbanos e suburbanos, requerido pelo BE, o governante endereçou um "pedido de desculpas às pessoas cujo dia-a-dia é afetado pelas supressões nos transportes" e centrou o seu discurso na CP, admitindo falhas nas linhas ferroviárias.
Pedro Nuno Santos afirmou que em algumas linhas as "reservas são insuficientes", pelo que há "poucos comboios de substituição prontos a entrar quando há falhas", assim como existe "material circulante envelhecido", que "precisa de paragens maiores de manutenção e de reparação".
"Os portugueses confiam nos transportes públicos no dia-a-dia para irem trabalhar, para levarem os seus filhos à escola, ou simplesmente para passear. Sabemos bem que é nossa obrigação servi-los com regularidade, pontualidade, qualidade e conforto. Sabemos bem que em alguns casos estamos em falta", admitiu.
No debate, desta manhã, o governante deu conta de um plano para recuperar a CP a níveis que os utentes exigem e merecem. Está a trabalhar "com o Ministério da Economia para planear novos investimentos que permitam recuperar capacidades industriais, tecnológicas e empresariais que o setor ferroviário já teve no passado" e que o Governo quer que volte "a ter no futuro".
Segundo, Pedro Nuno Santos o "plano pretende, antes de mais, atuar sobre o curto prazo, isto é, travar a degradação de material circulante através do aumento da capacidade de resposta oficinal da empresa e do recrutamento de trabalhadores para o efeito".
Mas para o Bloco de Esquerda, que marcou este debate de urgência, as desculpas não chegam. A deputada Sandra Cunha exige soluções.
“Senhores ministros… mais do que desculpas, os utentes precisam é de soluções imediatas.”