O PS quer que a comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) apure a totalidade das responsabilidades passadas na gestão do banco público e salientou que esta investigação só é possível após iniciativa do Governo.
"Para nós, é muito importante que o esclarecimento seja feito de forma plena, que se saiba tudo e que todos saibam tudo sobre todos os momentos”, afirmou o líder da bancada parlamentar aos jornalistas, nesta quinta-feira.
“Queremos que os atos de gestão que foram cometidos no âmbito do processo de concessão de crédito da CGD – ou por omissão, ou por negligência, ou, ainda, por dolo – sejam plenamente esclarecidos", salientou Carlos César.
Depois, mais contundente e concreto, defendeu que "quem agiu mal no passado deve ser responsabilizado". "E isso deve ser feito seja quem for, seja do PS, seja do PSD, enfim, seja quem for", insistiu.
Nas mesmas declarações, o socialista congratulado por ter havido um acordo interpartidário sobre o teor do requerimento para a criação de mais uma comissão parlamentar de inquérito sobre a CGD. E salientou que a ideia de que a existência da nova comissão só foi possível na sequência da ação do atual Governo.
"O que é certo é que este Governo não tem evidentemente responsabilidades sobre um período em que não governou. Mas tem a grande responsabilidade de hoje podermos estar a discutir este tema em presença de um relatório. Se não fosse este Governo, não tinha havido auditoria à CGD e não se conheceria aquilo que hoje se conhece e que permite uma comissão parlamentar de inquérito com a informação que habilite a cumprir plenamente os seus objetivos", alegou.
O texto conjunto que pede a criação de uma nova comissão parlamentar de inquérito à CGD foi entregue esta quinta-feira.