A Justiça polaca condenou esta quarta-feira o ex-ministro do Interior Mariusz Kaminski a dois anos de prisão, após ter sido considerado culpado de abuso de poder enquanto estava à frente do Gabinete Central Anticorrupção entre 2006 e 2009.
Juntamente com o antigo ministro, o seu "número dois" no gabinete anticorrupção, Maciej Wasik, também foi condenado a dois anos de prisão.
Os dois, membros do partido Lei e Ordem (PiS), também foram inabilitados para exercer cargos públicos durante os próximos cinco anos e terão de abandonar os seus assentos no Parlamento.
Kaminski já tinha sido condenado a três anos de prisão em 2015 pelo mesmo caso, entretanto, recebeu um perdão presidencial durante o Governo do chefe de Estado polaco Andrzej Duda (PiS).
O ex-ministro foi o fundador e primeiro diretor do departamento anticorrupção do país e foi esta mesma entidade que o começou a investigar em 2007 por alegada corrupção no Ministério da Agricultura.
Agora, esta condenação contra Kaminski, que remonta a 2007, refere-se a um processo que orquestrou contra o então ministro da Agricultura Andrzej Lepper com o objetivo de o desacreditar.
Apesar do perdão presidencial, o Supremo Tribunal do país cancelou esta medida em junho passado e permitiu que o caso fosse reaberto para que o antigo ministro pudesse ser julgado novamente.