O FBI, polícia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América, está a investigar o "aparente suicídio" do magnata Jeffrey Epstein, encontrado morto numa cela da prisão de Manhattan, em Nova Iorque, este sábado.
Um antigo diretor de prisão, Cameron Lindsay, que dirigiu três prisões federais, considerou que o suicídio de Epstein na cadeia representa uma "chocante falha" do sistema.
Cameron Lindsay adiantou que o norte-americano deveria estar sempre debaixo de uma constante vigilância.
Também o procurador-geral dos Estados, Unidos, William Barr, se diz estupefacto. O suspeito estava sob custódia federal pelo que a sua morte tem de ser investigada, avançou em declarações à Associated Press (AP).
Epstein estava em prisão preventiva a aguardar julgamento por alegados tráfico e abusos sexuais de menores.
Os procuradores acusavam o milionário, próximo de Donald Trump, de atrair dezenas de mulheres para as suas casas de luxo em Nova Iorque e na Flórida e de lhes pagar para concretizar atos sexuais. Estes encontros terão ocorrido entre 2002 e 2005 e o multimilionário usaria ainda algumas das jovens para recrutar outras para as mesmas práticas.
De acordo com a acusação, o norte-americano “procurava intencionalmente menores e sabia que muitas das suas vítimas tinham menos de 18 anos, porque, em alguns dos casos, elas próprias disseram-lhe a idade”.
Já no passado mês de julho, o magnata de 66 anos, foi encontrado inconsciente na cela, com hematomas no pescoço, aparentemente autoinfligidos. De acordo com a ABC News, Epstein faria parte da lista de potenciais suicidas.
A 31 de julho, vários órgãos de comunicação de Nova Iorque noticiavam que o julgamento de Jeffrey Epstein, 66 anos, deveria iniciar-se entre junho e setembro de 2020.
Dias antes, o juiz tinha negado o pedido de Epstein para ser colocado em prisão domiciliária até ao início do julgamento.