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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) anunciou esta sexta-feira que confia na toma da segunda dose da vacina da AstraZeneca, a Vaxzevria, apesar de alguns casos de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas. Segundo a EMA, "os benefícios da vacina superam os riscos em adultos de todos os grupos etários".
Num comunicado, publicado antes de uma conferência de imprensa esta sexta-feira, não existem dados suficientes para determinar um aumento de risco de coágulos sanguíneos com plaquetas sanguíneas baixas numa segunda dose.
Assim, a EMA recomenda que, quem tomou a primeira dose da vacina da AstraZeneca pode tomar a segunda dose da mesma vacina.
As autoridades europeias também avisaram que iam deixar de providenciar números sobre casos raros de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas, sem que esses dados sejam contextualizados. No comunicado, o regulador avisa que "os piores efeitos secundários são casos muito raros de coágulos sanguíneos invulgares com plaquetas sanguíneas baixas, que estima-se que ocorram em uma em cada 100 mil pessoas vacinadas".
Na análise feita pela EMA, é referido que a vacina da AstraZeneca ajuda a prevenir hospitalizações, internamentos em cuidados intensivos e mortes devido à covid-19. Além disso, "demonstra que os benefícios da vacinação aumentam com o aumento da idade e das taxas de infeção".
Em Portugal, para já, a vacina da AstraZeneca está a ser administrada apenas a pessoas com mais de 60 anos. No início de abril, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse que "até estar disponível mais informação, a administração da AstraZeneca será limitada a pessoas com mais de 60 anos".
O anúncio da EMA surge um dia depois da Comissão Europeia ter ameaçado processar a farmacêutica devido a atrasos nas entregas de doses e incumprimento do contrato com a UE.
Surge também na mesma semana em que a vacina da Janssen, do grupo da Johnson & Johnson (outra vacina que apresentou casos raros de coágulos sanguíneos), ter recebido uma renovada confiança da EMA.
Ainda assim, apesar das duas vacinas terem merecido a aprovação do regulador, as autoridades avisam que vão continuar a estar atentas a casos raros de coágulos sanguíneos e que vão estudar relações com as vacinas.
[Notícia atualizada às 15h38]