A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) vai penalizar os hospitais que retenham as macas de transporte de doentes.
A medida deverá entra em vigor a 10 de janeiro, se de uma reunião marcada para dia 9 com a direção-executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não sair “uma alternativa", garante o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, em declarações à Renascença.
Os valores vão variar consoante o tempo em que os materiais fiquem nas unidades hospitalares. "Para além da primeira hora, que está incluída no transporte do doente urgente”, as horas seguintes serão cobradas com uma “taxa suplementar”.
“As primeiras duas horas para além da hora inicial serão taxadas a 50 euros, o segundo bloco, de duas horas a 100, o terceiro bloco de duas horas a 150. Ou seja, se fizerem uma retenção de uma ambulância durante sete horas à porta do hospital, vamos apresentar o ressarcimento para as nossas despesas em 300 euros.”, explica António Nunes.
O presidente da LBP declara ainda que a responsabilidade dos hospitais é “ter macas, cadeiras de rodas ou camas para colocar os doentes que os bombeiros transportam por orientação do INEM para determinada urgência hospitalar.”.
A retenção de macas influência a realização de outros serviços por parte das ambulâncias, pondo em causa outras urgências e por isso, o presidente da LBP considera que “não é razoável que se deixe durante 16 horas uma ambulância que pode fazer falta ou está a fazer falta para acudir às populações locais.”
A possibilidade de adoção da medida tinha sido já abordada há seis meses.