O presidente da câmara de Vila Real, Rui Santos, mostrou-se preocupado com o incêndio da Samardã, na serra do Alvão, que esta manhã teve três pontos diferentes de ignição e colocou em alerta três aldeias.
O alerta para o incêndio foi dado pelas 7h00 e, segundo o autarca, "houve três pontos diferentes de ignição", uma situação que o leva a concluir que "de certeza absoluta teve mão humana".
O fogo teve início numa zona de mato, mas também já queimou pinhal e o vento forte está a empurrar à rápida propagação das chamas.
"Estamos muito preocupados com Samardã, Benagouro e Vilarinho da Samardã. Até ao momento não houve necessidade de proceder à retirada de pessoas, mas temos tudo preparado para, se tal for necessário, possamos agir com rapidez", salientou Rui Santos.
A Estrada Nacional 2 (EN2), que neste troço liga os concelhos de Vila Real e Vila Pouca de Aguiar, foi cortada ao trânsito (entre Escariz e o cruzamento da Samardã).
Rui Santos disse ainda que os serviços de Proteção Civil Municipal "estão mobilizados" e adiantou que já foram pedidos mais meios para o combate a este fogo, embora reconheça dificuldades devido a outros incêndios.
Segundo o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção (ANEPC), para o local estavam mobilizados, pelas 15h00, 243 operacionais, 70 viaturas e quatro meios aéreos.
Na aldeia de Vilarinho da Samardã, a agência Lusa observou o fogo a aproximar-se de um aglomerado de casas, onde existe também um restaurante, de onde os clientes foram retirados por precaução, alguns mesmo antes do almoço.
Ali perto, o incêndio foi controlado pelos bombeiros do outro lado da estrada, onde existem umas bombas de combustível.
"Isto parece uma repetição do que foi em 2017, em que passou a estrada e foi difícil segurar", recordou o presidente.
Também em 2005, um grande incêndio nesta zona queimou vários hectares de mato e pinhal e obrigou à retirada de pessoas de várias aldeias.
Nas últimas semanas têm-se verificados várias ignições no concelho de Vila Real, quer na serra do Marão como na do Alvão.
"São atos de terrorismo permanentes, não é só obra da natureza", afirmou o presidente da Câmara de Vila Real.