É a “marcação cerrada” do Bloco de Esquerda ao Chega. Mariana Mortágua insiste em saber de onde vem o dinheiro do partido de André Ventura. A líder bloquista tinha prometido, no domingo, perguntar “todos os dias” quem são os financiadores do partido, por uma questão de “transparência”. E tem-no feito. Em causa estão indícios de incumprimento da lei dos donativos, revelados pela entidade que regula as Contas e Financiamento Políticos, numa reportagem da TVI. Em 2019, segundo o jornal, foram encontrados indícios também de "eventuais financiamentos proibidos", acusação que André Ventura recusa.
Desde então, a questão do financiamento do Chega está sempre presente nas declarações de Mariana Mortágua aos jornalistas, e a líder bloquista não dá indicação de que vá desistir do assunto.
A imigração foi outro tema que regressou à agenda do BE. Depois de, no início da campanha, ter visitado uma escola em Odemira, apontada como um bom exemplo de integração da comunidade migrante, a coordenadora do Bloco esteve na associação Solidariedade Imigrante, em Lisboa, para desconstruir as “mentiras” e os “preconceitos” da direita. Para Mariana Mortágua, são os partidos deste espetro político que criam obstáculos à legalização de quem escolhe viver em Portugal.
“Noto que nas autarquias onde a direita governa estão a ser criados obstáculos à legalização da imigração”, critica Mortágua. “Isto diz tudo”, rematou a líder bloquista, à margem da visita à associação de defesa dos direitos dos imigrantes. “Não é que a direita não queira imigrantes, quer é imigrantes mais explorados. E isso não podemos aceitar”, concluiu.