Um comandante local russo, que estava a gerir a mobilização de civis na cidade de Ust-Ilimsk, na região siberiana de Irkutsk, foi alvejado por um homem russo que se recusou a lutar na guerra na Ucrânia.
O site do jornal The Guardian cita um órgão regional para avançar que o comandante está em estado crítico no hospital, mas há outras fonte a sugerirem que o militar poderá estar morto.
O governador regional de Irkutsk, Igor Kobzev, escreveu no aplicativo de mensagens Telegram que o comandante está hospitalizado e que o atirador detido “será absolutamente punido”.
“Peço a todos que mantenham a calma”, enfatizou o governador, acrescentando que o autor dos disparos, cuja identidade não revelou, foi detido pela polícia.
Já o comité de investigação de Irkutsk, citado pela agência de notícias TASS, indicou que uma investigação foi aberta contra um detido de 25 anos, sublinhando ainda que “há uma equipa a trabalhar no local”.
“O suspeito está a ser interrogado. Os motivos do crime estão a ser esclarecidos”, referiu o comité.
De acordo com uma testemunha, citada pelo The Guardian, antes do incidente, o comandante estaria a dar um discurso para motivar os homens a lutar na guerra.
“Ninguém vai a lugar nenhum”, disse o homem momentos antes de abrir fogo, disse uma testemunha à agência de notícias Baikal People.
Já o The Independent acrescenta que o atirador é Ruslan Zinin, um jovem de 25 anos que foi, entretanto, detido.
No vídeo, um homem com roupas de camuflagem disparou contra o comandante, que estava em pé num pódio, e os outros homens presentes fugiram da sala. Pelo menos, três tiros terão sido disparados.
Na Rússia, sucedem-se as manifestações contra a mobilização para a guerra na Ucrânia decretada por Vladimir Putin. Enquanto milhares tentam abandonar o país.