Três menores portuguesas que estão em Israel, a estudar na escola EMIS - Easter Mediteranean International School, estão a tentar arranjar lugar num voo deste domingo à noite, para abandonar o país, devido ao conflito que se agravou este fim de semana, não havendo ainda certezas sobre se vão conseguir sair dentro dos próximos dias.
As estudantes vivem no campus da escola, em Hakfar Hayarok, localizada a 40 minutos de Telavive.
Esta noite há um voo que parte para Bucareste, na Roménia, mas só há 15 lugares disponíveis.
À Renascença, uma das menores, Maria Rita Figueiredo, descreve que viveram "uma confusão" durante as últimas 24 horas.
"Nunca sabemos o que esperar. Aguardamos sempre as sirenes", indica.
Outra das estudantes, Luísa Silva, conta à Renascença que "estavam a dormir quando tivemos de ir todos para um abrigo".
"Depois voltamos para o quarto, mas tocaram outra vez as sirenes e tivemos de voltar. Foi bastante caótico", relata.
Pais dizem que "embaixada não fez nada"
A Renascença também falou com Magda e Serafim, os pais de Maria Rita, que acompanham à distância, em Portugal, a tentativa da filha e das amigas abandonarem Israel.
A mãe da menor critica a embaixada portuguesa por não terem contactado as menores.
"Nem sabiam que eram menores. Logo isto demonstra que não há trabalho a ser feito", lamenta.
Serafim conta que não recebeu nenhuma informação sobre o voo da Roménia que deve partir às 23h00 horas locais.
E explica que o aeroporto "está com cinco ou seis horas de espera".
"Se as miúdas estão a cerca de 30 quilómetros e há problemas de espera, acho que já não é exequível", indica.
Serafim afirma que há um novo voo esta segunda-feira e espera que as três menores consigam partir nessa viagem.