Pablo Casado é o novo presidente do Partido Popular espanhol. Foi eleito, este sábado, no congresso extaordinário do partido. O até agora vice-secretário do PP sucede a Mariano Rajoy depois de derrotar Soraya Sáenz de Santamaría.
Pablo Casado, de 37 anos, foi chefe de gabinete de José Maria Aznar durante dois anos e vice-secretário da comunicação de Rajoy durante quase três anos. Será também o candidato do PP à presidência do governo espanhol, nas eleições de 2020.
No discurso de vitória, o novo líder do PP agradeceu a Rajoy o trabalho realizado nas últimas quatro décadas na vida pública espanhola. “Vai ser muito difícil estar à tua altura”, disse.
Pablo Casado salientou que este sábado “começa uma nova etapa” para “tentar reconquistar o coração dos espanhóis” e “preparar um projeto vencedor para as próximas eleições”. O novo líder do PP prometeu uma “renovação tranquila e construtiva”.
Com este novo líder, prevê-se uma viragem do Partido Popular à direita. Durante a campanha, Casado propôs convocar uma convenção sobre princípios e valores e para rearmar ideologicamente o partido. Numa entrevista ao El País disse defender “sem complexos” políticas conservadores sobre “a vida e a família”.
Na opinião do antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Martins da Cruz, Pablo Casado vai trazer a ideologia ao PP e dificultar a vida ao governo socialista.“Com este PP não vai haver diálogo, mas sim um ataque. Não vai ser como em Portugal em que o PSD parece compatibilizar-se com a geringonça. O PP de Pablo Casado vai atacar o PSOE a todas as horas. Pedro Sanchez, o presidente do governo espanhol vai ter a vida muito mais dificultada a partir de hoje”.
Martins da Cruz conhece bem Pablo Casado, pertenceu á juventude do PP e foi chefe de gabinete do antigo chefe de governo, Jose Maria Aznar.
“Vai trazer uma nova ideologia ao PP, vai deixar de ter soluções mais pragmáticas como tinha o governo Mariano Rajoy, e vai voltar á ideologia como no tempo de Jose Maria Aznar. Não sei se será mais conservador, mas segue a linha do que se passa na Europa em que a ideologias vão ganhando mais espaço”, afirma Martins da Cruz.
[notícia actualizada às 17h25]