A greve às horas extraordinárias nos centros de saúde foi prolongada até 31 de dezembro, anunciou esta sexta-feira o Sindicato Independente dos Médicos (SIM).
O Sindicato Independente dos Médicos acusa o Governo de “continuada insensibilidade” em aumentar os salários, para compensar uma “perda de poder de compra superior a 22%”.
Em declarações à Renascença, a dirigente do SIM, Maria João Tiago, explica que “nós queremos um aumento transversal para todos os médicos de 30% e o Governo não vai além dos 5,1%”.
Maria João Tiago adianta que a greve ao trabalho extraordinário nos Centros de Saúde é também uma “chamada de atenção para a problemática dos doentes sem médico de família”.
“Face à situação atual de cerca de dois milhões de utentes sem médico de família e a pouca apetência para resolver este problema, resolvemos prolongar a greve às horas extraordinárias.”
O prolongamento da greve às horas extraordinárias nos centros de saúde é conhecido na véspera de mais uma ronda negocial entre o Ministério da Saúde e os representantes dos médicos.
A dirigente do SIM sublinha que as negociações decorrem há mais de 18 meses, o Governo já conhece as reivindicações e “é impossível um Serviço Nacional de Saúde viver à custa de horas extraordinárias”.